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Alessandra Guilhermino

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

E.E.E. FM FRANCISCO NASCIMENTO (7º SÉRIE)

A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

Os esforços do marquês de Pombal em industrializar a metrópole tiveram resultados no reino. O Brasil era o principal fornecedor de matérias-primas e, ao mesmo tempo, consumidor dos artigos produzidos e manufaturados em Portugal. O aumento e a diversificação das atividades agrícolas na colônia foram fundamentais para o desenvolvimento manufatureiro lusitano. O aumento do consumo na América portuguesa estava diretamente ligado ao crescimento populacional e urbano na região das Minas gerais.

A REVOLUÇÃO DO PORTO DE 1820

Nesse contexto de crise econômica e política eclodiu a Revolução Liberal de 1820. O movimento começou na cidade do Porto e depois se espalhou pelas cidades mais importantes de Portugal. Os rebeldes exigiam a volta de D. João VI e uma Constituição liberal para o país. No comando da situação, os revolucionários convocaram eleições para formar as cortes, o parlamento português. Lideradas por uma maioria de deputados portugueses, as cortes aprovaram uma série de medidas que demonstravam a intenção de recolonizar o Brasil:

• Restrição da liberdade administrativa e comercial do Brasil.

• Restabelecimento dos monopólios e privilégios portugueses.

• Retorno imediato de D. João VI para Portugal.

As decisões das cortes agravaram as tensões entre Brasil e Portugal. As elites brasileiras tinham obtido muitas vantagens depois de 1808 e não admitiriam a volta do exclusivo metropolitano.



D. PEDRO E AS ELITES

As pressões das cortes forçaram D. João a voltar para Portugal. Mas, para garantir a permanência da família no governo brasileiro, ele deixou seu filho, o príncipe D. Pedro, como regente do Brasil.

A maior parte da elite brasileira, formada principalmente de grandes proprietários de terra, apoiava a idéia de uma monarquia dual, ou seja, D. João governaria Portugal e D. Pedro continuaria governando o Brasil. O mais importante era garantir as liberdades conquistadas a partir de 1808.

Manter a monarquia portuguesa no poder era também uma forma de evitar uma mobilização social pela independência. Havia entre as elites um temor muito grande de uma rebelião escrava, como tinha ocorrido no Haiti.

No entanto, as pressões das cortes para recolonizar o Brasil levaram a elite brasileira a admitir a idéia da independência. O príncipe regente poderia liderar esse processo sem a necessidade de mobilizar as camadas populares.

As cortes percebendo o objetivo dos brasileiros exigiram o retorno de D. Pedro a Portugal. Contrariando as ordens diretas das cortes, no dia 09 de janeiro de 1822 D. Pedro decidiu permanecer no Brasil. A decisão marcou o Dia do Fico.



A PROCLAMAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA

AS relações entre as cortes e o Brasil agravavam-se a cada dia. Numa viagem a São Paulo, D. Pedro recebeu notícias de que as cortes haviam reduzido o poder do príncipe regente. Na carta, o ministro do Conselho de Estado, José Bonifácio, insistia em que D. Pedro rompesse com Portugal. No dia 7 de setembro de 1822, D. Pedro rompeu com as cortes e proclamou a independência do Brasil.

A independência do Brasil resultou de uma aliança política entre o príncipe D. Pedro e a aristocracia rural brasileira. As elites se aproximaram de D. Pedro para evitar a participação popular na luta pela independência e garantir seus privilégios. Por isso, o Brasil que nasceu da independência era um país monárquico e escravista.







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