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Alessandra Guilhermino

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

IMPÉRIO CAROLÍNGIO


Bárbaros

Depois da queda do Império Romano Ocidental, muitos reinos se formaram na Europa, eram chamados reinos bárbaros, eles não foram muitos fortes, caíram rapidamente, somente um dos reinos bárbaros durou por muito tempo: o Reino dos Francos, os saxões, os ostrogodos, os visigodos e os alabanos. Os anglos não conseguiram perdurar, somente os francos tiveram algum sucesso durante a Idade Média. 
Na Alta Idade Média, se formou na Europa um reino denominado reino dos francos, que logo se transformaria no Império Carolíngio. Esse império, foi a tentativa de resgatar o velho Império Romano Ocidental, na verdade o Império Carolíngio chegou a ser chamado de Novo Império Romano do Ocidente.

Como Surgiu o Império Carolíngio?

No século V, um grande general chamado Meroveu, comandando os francos, enfrentou e derrotou os Hunos numa grande batalha denominada de "Batalha dos Campos Catalúnicos". Meroveu ganha muito prestígio por causa disso, com o passar do tempo um dos descendentes de Meroveu chamado Clóvis unifica as tribos dos francos, se converte ao cristianismo e inaugura o reino dos francos, era chamada Dinastia Merovíngia em homenagem a Meroveu. Ao se converter ao cristianismo Clóvis cria uma identidade para os franceses, não foi fácil converter os francos. Eles acreditavam em divindades femininas, o cristianismo trazia divindades masculina, é nessa época que a Igreja Católica cria o culto mariano que é a veneração pela mãe de Cristo, era uma forma de tornar a religião cristã mais acessível aos francos. Clóvis protegia a Igreja , em troca a Igreja dava a ele a identidade que precisava para manter os francos unidos.
Com a morte de Clóvis, seus quatro filhos brigaram e dividiram o reino dos francos em quatro partes. Foi apenas no século VII que um descendente de Clóvis chamado Dagoberto, conseguiu reunificar o reino dos francos, os descendentes de Dagoberto, foram chamados de reis indolentes, porque não se preocupavam com o governo, viviam de festas, de gastanças utilizam os recursos públicos em coisas inúteis, não se preocupavam com a política do reino dos francos. Durante esse reinado, quem governou foi os mordomos, eles toma conta da política dos francos, um desses mordomos se destaca é Carlos Martel, em seu tempo no século VIII, os árabes tentam invadir a Europa através da Espanha, Martel comanda as tropas dos francos impedindo a entrada dos árabes na Europa. A batalha que impede os árabes de invadir o continente europeu é a chamada de Batalha de Poitiers, através desta , Martel torna-se muito poderoso, passa a mandar no reino franco. A crise do reino indolente se aprofunda com sua morte, assim torna-se mordomo o filho dele: "Pepino", ele dá um golpe no rei Childerico III, destrona esse rei se alto proclama o rei dos francos, sai em defesa do papa e por defende-lo contra os povos lombardos acaba sendo reconhecido pelo para Zacarias como rei dos francos.
Pepino inicia a Dinastia carolíngia que é a Dinastia do Explendor do Império, ele governa por pouco tempo, por isso o nome "Pepino o Breve". Assume o trono, o filho dele: Carlos Magno, ele efetua várias conquistas, expande o reino dos francos rumo ao leste, ele domina uma vasta região que chegava até a Polônia, assim o reino dos francos passa a ocupar a maior parte da Europa, da França a Polônia, tudo era dominado pelo rei Carlos Magno. Em sinal de reconhecimento a Igreja, Carlos Magno vai a Roma e pede ao Papa que o coroe imperador, o papa Leão III aceita a idéia, ele queria um governante forte o suficiente para proteger a Igreja. A coroação de Carlos Magno como imperador do novo Império Romano do Ocidente se dá no dia 25/12/800 em homenagem a essa coroação o natal é comemorado nesse dia. Carlos governa por 46 anos, governa de 768 a 814. para manter controle sobre todo o território, Carlos Magno nomeia governantes para o interior do Império carolíngio, esses governantes eram chamados de condes, a função desses era aplicar as leis de Carlos Magno que eram escritas, o imperador juntou todas as regras do direito costumeiro o que denominamos de "Direito Consuetudinário", que vem pela tradição, essas leis passam a se chamar "Leis Capitulares", simultaneamente, Carlos Magno coloca para governar as fronteiras do Império fazendeiros que ele os chamava de Marqueses, as regiões das fronteiras eles chamavam de marcas, os marquese além de defenderem as fronteiras, tinham que aplicar as capitulares. Para vigiar os condes e os marqueses Carlos cria um cargo Missi dominici era os olhos e ouvidos do rei, esses ficavam viajando por todo o Império, colhendo informações, fiscalizando para ver se alguém desobedecendo o imperador. Aos que se destacavam nas batalhas, ele doava terras, o ato de doar se chamava "Beneficium"  e a terra recebida pelo guerreiro era chamada "Dominium", ai está a origem dos senhores feudais, esses guerreiros que se destacavam nas batalhas e ganhavam terras do imperador passam a ser conhecidos como os vassalos do rei, eles são os nobres do império carolíngio.
Carlos Magno morreu totalmente analfabeto, porém durante seu reinado houve um episódio conhecido como Renascimento Carolíngio, foi a valorização da cultura, criação de centros de estudos, foi a divulgação das artes e também o incentivo a reprodução de obras clássicas. Com sua morte assume o trono seu filho "Luís o Piedoso", ele deixava o governo muito solto, ele morre sem nomear nenhum dos seus três filhos herdeiros, assim os três filhos de Luís começam a disputar o trono. O primeiro filho era Carlos, conhecido o "Calvo", o segundo Lotário e o terceiro Luís o germânico. Eles guerreiam até que assinam o "tratado de Verdum", esse tratado foi prejudicial para o império, dividiu o império em três partes, com essa divisão o império se enfraquece, começa a sofrer ataques, ocorrem no século X, vão destruir o Império Carolíngio. Pelo norte o império será atacado pelos Vikings, pelo sul será pelos árabes e pelo leste será atacado pelos húngaros, também conhecidos como magiares, assim o império entra em declínio no século X e desaparece da Europa ainda na Alta Idade Média.

Carlos Magno

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