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Alessandra Guilhermino

domingo, 22 de janeiro de 2012

A QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO


Cidade de Roma


Roma era muito grande e manter o império com fronteiras na Europa, Ásia e África era missão muito difícil; acontece que Roma atingiu seu apogeu na terceira dinastia imperial ainda no alto império, foi Antonino Pio imperador, o responsável pela máxima extensão territorial romana, depois dele nenhum outro avançou. Cabia aos romanos manter a imensidão das fronteira que tinham conquistados nos anos anteriores e essa manutenção das fronteiras que não davam para fazer. Três continentes, mais de um milhão de soldados, uma dificuldade imensa de sustentar essas tropas; enquanto Roma conquistava era fácil manter os soldados, as legiões saqueavam e conquistavam territórios e usavam dinheiro e bens saqueados para conquistar outro povo, porém agora não há mais o que saquear. Para manter os soldados, era preciso pegar dos cofres públicos e quem mantinha esses cofres era os cidadãos romanos através do pagamento dos seus impostos, para compensar o escoamento de verba dos cofres públicos, Roma aumenta o valor da tributação, esse é o primeiro problema para a queda de Roma. Os romanos sofrem um déficit público, ou seja, há um gasto maior do que a arrecadação pública, assim o Estado se endivida. Esse é o primeiro motivo da crise.
Para tentar administrar essa imensidão imperial, primeiro os romanos dividem o império em quatro partes, a chamada tetrarquia, só que ela não funcionou, com o tempo por volta de 390 da era cristã, o imperador Teodósio resolve dividir o império em duas partes é quando morre e deixa cada uma dessas partes para um de seus dois filhos, Flávio Teodósio que divide Roma em Ocidental, com capital na cidade de Roma e Roma Oriental com capital na cidade de Constantinopla, que depois foi chamada de Bizâncio e hoje é Istambul na Turquia.
A Roma Oriental, continuou bem, o oriente vai resistir até o fim da Idade Média, o Império Romano Oriental, chamado de Império Bizantino só vai cair em 1453. Contudo, a Roma Ocidental cai logo depois da divisão em 476 d.c.
Outro motivo para a queda de Roma foi a crise escravista, o modo de produção escravista exige um aumento constante do número de escravos na linha de produção, acontece que o imperador Caracala que é o segundo imperador da Dinastia Severa, baixa um decreto chamado Edito de Cidade, por esse decreto Caracala elevava os habitantes de todas as províncias imperiais romana a categoria de cidadãos, ele queria aumentar sua popularidade. Os habitantes das províncias distantes eram considerados provincianos e não cidadãos, porém ao longo prazo, esse decreto prejudica os romanos, porque como agora todos os habitantes é cidadão a lei não permitia  escravização de cidadãos. Roma não tem mais para onde crescer, se não há mais territórios a ser conquistados, o Império não tem como fazer novos escravos, a única opção para ter escravos era escravizar os habitantes das províncias, só que Caracala passa a considerar esses habitantes cidadãos do império, com isso não podem ser escravizados, vamos ter assim uma nova crise escravista.
Outro motivo para a crise imperial é próprio cristianismo, o cristão era pacifista e Roma vivia da guerra, a crença cristã é contrária aos ataques que Roma fazia, muitos cristãos se recusavam a servir as legiões, muitos preferiam morrer a se apresentar ao exército, porém o pior não foi isso, ao crescer, o cristianismo aumentava o número de pessoas que se recusavam a reconhecer a divindade do imperador, a veneração ao imperador, essa ação era parte do controle estatal romano sobre o povo. Como os cristãos são monoteístas e se recusavam a prestar cultos ao imperador, os cristãos se tornam inimigos do governo, eles começam a ser perseguidos, porém essa perseguição não surtirá o efeito desejado por Roma, quanto mais perseguidos, mais cresciam, o cristianismo ameaçava a estabilidade política do Império Romano, serão perseguidos não por seu caráter religioso e sim por serem considerados maus exemplos, perigosos a estabilidade do império, do poder Romano.
O último motivo para a queda de Roma são as invasões bárbaras, inicialmente os bárbaros invadem Roma de maneira pacífica em busca de melhores condições de sobrevivência. Com o passar do tempo esse povo começa a saquear as cidades romanas, vão sentindo-se inseguros, isso gera um processo que denominamos de ruralização do Império Romano. Como as cidades eram vítimas de saques constantes, as pessoas ricas começam a abandonar as cidades e vão morar no campo, com mais um tempo em meio a essa turbulência sócio territorial, os pobres seguem os ricos, irão trabalhar nas fazendas desses cidadãos de posses, terão que produzir e entregar parte da produção para os senhores fazendeiros. Inicia-se então, um novo sistema de produção, o Colonato e que dá origem ao trabalho servil e ao Modo de Produção Feudal. As invasões  bárbaras a partir do século V se tornam muito violentas.
Em 476 d.c, Odoacro rei da tribo germânica dos Hérulos acompanhado de 1/2 milhão de Heros invade a Itália, depõe o último imperador romano, inda garoto com 14 anos quando torna-se imperador, César Augusto põe fim a civilização romana.

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